Magic Paula
Paula jogou tanto como ala quanto como armadora, e mostrou eficiência fazendo assistências, cobrando lances livres e convertendo cestas de três pontos. Após um ano e meio, o time acabou. Paula foi então para Jundiaí, jogar na equipe do Colégio Divino Salvador. Passados três meses, com apenas catorze anos, foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira adulta. Depois de quatro anos no Divino, já consagrada, Paula transferiu-se para o Unimep, em Piracicaba. Lá jogou durante oito anos, até que voltou para o Cica/Divino Salvador. Pouco tempo depois, a jogadora resolveu dar uma guinada na carreira e aceitou a proposta do time espanhol Tintoretto. Em 1991 volta ao Brasil, vestindo a camisa do BCN/Piracicaba.
Nos Jogos Pan-americanos de Havana, realizados em 1991, a seleção brasileira feminina disputou a final do torneio com as próprias cubanas, e Fidel Castro compareceu ao jogo. Nesse jogo, Magic Paula brilhou no segundo tempo: fez cinco arremessos de três pontos e acertou quatro, e as brasileiras venceram por 97 a 76. Na entrega da medalha de ouro, Fidel Castro pediu para Paula ficar de costas e apontando para sua camisa, fez um gesto negativo com o dedo como se tivesse a intenção de não entregar o ouro à atleta e, brincando, chamou-a de “bruxa”.
Em 1993, Paula foi para a Associação Atlética Ponte Preta, em Campinas, onde jogou ao lado de Hortência e conquistou o título mundial de clubes. Em 1994, ela conquistou o título inédito do campeonato mundial de seleções, realizado na Austrália, onde a seleção brasileira derrotou os Estados Unidos, na semifinal, por 110 a 107, e a China na partida decisiva, por 96 a 87.
Em 1996, já jogando pelo Microcamp, além de ser campeã paulista pela oitava vez, brilhou novamente na seleção nos Jogos Olímpicos de Atlanta, conquistando a medalha de prata. Despediu-se da seleção brasileira, mas continuou na quadra, disputando os campeonatos paulistas e nacionais, até o adeus definitivo, com a camisa do BCN/Osasco, no início de 2000.
Em novembro de 2005, Magic Paula foi oficialmente confirmada para integrar o Hall da Fama do Basquete Feminino.
Paula também é idealizadora do Instituto Passe de Mágica, uma organização não governamental. O Instituto foi criado em 2004 com o objetivo inicial de desenvolver atividades de esporte educacional, oferecendo a prática lúdica do basquete e diversas atividades complementares a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
O atleta encontra em sua carreira os mesmos desafios que qualquer outro profissional do mercado. É por isso que a trajetória de Paula serve como exemplo para motivar e expandir as possibilidades de quem também quer ser um vencedor, não importa a área em que atue.
Em uma palestra de aproximadamente 70 minutos, com muitas fotos e vídeos, Paula faz uma analogia entre os desafios nas quadras e os desafios que encontramos na vida profissional e pessoal.
É uma excelente oportunidade de conhecer quais diferencias foram necessários para escrever uma história de conquistas e sucesso.