A Palestra Muda é uma ideia que tive na virada do século. Como professor e palestrante àquela época, eu sentia cada vez mais dificuldade em atrair a atenção da plateia, pois o nível de dispersão aumentava. Apesar de ser dinâmico e criativo ao expor minhas ideias, eu também notava que agradava na hora, mas, como quase ninguém mais anotava o que eu falava, pouco ficava nas mentes no dia seguinte. E essa inquietação me fez desenvolver novas técnicas e novas plataformas. Minha Palestra Muda, que faz tanto sucesso hoje, é fruto de muitas tentativas que vim fazendo nesta última década no sentido de reduzir a dispersão para obter o máximo de atenção.
E, como já mesmo pude comprovar, o que fica nas mentes no dia seguinte é muito mais do que uma simples exposição tradicional, seja aula ou palestra. Como a música é tocada num volume alto e as frases se sucedem como que se fosse uma pessoa falando em linguagem coloquial, a mistura de som e texto inteligente (e divertido) faz com que todos prestem muito mais atenção. E a seleção musical, além de privilegiar o que está bombando no momento, faz associações com o tema. É o caso de “Poker Face”, de Lady Gaga, que é utilizada quando falo de dissimulação e falsidade, tão em voga hoje… Essa técnica permite que qualquer assunto seja incluído, o que me dá bastante flexibilidade para mudar o tema, mantendo o impacto. Já fiz “O Mundo Muda. A Palestra Muda.” para falar de comportamento de forma mais ampla, abordando as mudanças de nossa era; também já fiz “O Consumidor Muda. A Palestra Muda.” para centralizar o foco em marketing; como também já fiz, em maior número, “A Venda Muda. A Palestra Muda.” para encontros com equipes de vendas. Mas a Palestra Muda já está sendo sofisticada: estou desenvolvendo recursos de coreografia e cenografia para as próximas edições em público e espero poder ser bastante procurado para as apresentações “in company”, pois posso customizar a trilha sonora de acordo com o briefing específico de cada cliente.